Bardo, vivo ou morto

Eu nunca gostei de HC. Meu gosto sempre estava mais para o pesado death-metal ou para o descontraído "pop punk" - assim chamavam. A sensação de urgência e correria que o hardcore parecia ter nas letras e no pique da melodia eram estranhos. Mas...BANG!! Meu ponto vital foi atingido este ano quando dei espaço para o som de uma banda que viria tocar por aqui, um mês antes de o lendário Dead Fish. Ouvi a tal banda de hc, fui ao show, e passei a preparar o repertório para o dia do Dead Fish, que tem o novo álbum, o Vitória! Som pesado, guitarrista sem firula e brilhante, bateria nervosa, baixo marcante e um vocal disparando letras desconcertantes! Letras densas! Pegou meu ponto fraco! Isso tudo além da marca independente, que o movimento hardcore sempre carregou, sendo exaltada no orçamento do disco quando foi lançado o desafio de ser financiado pelos fãs através de site de financiamento coletivo. Recorde brasileiro de arrecadação e o resultado é que um bobo(eu) teve a opor

O bardo no mito rpgístico é o que sabe a História e a lenda, mas a ambas conta de modo vÍvido - e talvez vivido. Canta, toca , encanta, e estoca sons, palavras e objetos que traduzam seu ímpeto de conduzir os espectadores - voluntários ou não - há uma imersão na folga, no lamento, na indignação, na coragem ou em qualquer sentimento pertinente! Ou não. Daí vem a inspiração desse blog, que é pra fazer arte, falar dela, matá-la, ressuscitá-la ou recriá-la. MATAR essa vontade de dizer coisas sem falar, de viver sem estar lá e de pôr os pés além dos limites das fronteiras que a mente acabou de expandir! Lembrar que arte e diversão fluem naturalmente do humano completo. Pra te desentalar da mesmice! De jogos à escultura, o bardo vai te chamar pra morrer vivendo! Aqui a brincadeira é "à vera"! Vamos, REIVINDICAR(!!!) o reconhecimento das artes que ficaram fora da lista das sete formas artísticas clássicas, mas que têm mostrado o potencial de deixar fluir a genialidade